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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

A CAMINHADA

Quando noite, melhor é estar a porta. Velho Kimakienda senhor de muitas senhoras e filhos aos monte, insistia em chegar tarde todos os dias. Mulher primeira farta de chamar atenção pelos atrasos não justificados, se era a outra a ocupar ou ser eram problemas a tratar. Vezes e vezes sempre. Até que certo dia vinha habituado da sua caminhada quando avistou a aldeia na distância de um fio de fumo que se soltava de uma fogueira com barulho a distância. Lar! - Pensou consolado da canseira que sentia. Andava acelerando o passo para mais próximo estar e a fogueira diminuia no tamanho com o som a fugir. Estranho! - Pensou. Andava e andava a testar a sua visão e a verdade é que o tamanho diminuia ainda. Andava, mais andava e menos grande era a fogueira até sentir-se tão distante que começou a ganhar medo do escuro do mato. gargalhadas vinham perto como gente estranha a troçar. As hienas têm o mesmo sorriso! - pensou. Mais andava mais se distanciava até sentir o cansaço da insistência. Caiu desesperado com os joelhos na estrada de areia e capim ao meio e assim pode ver a fogueira distante também parada. Nisto uma luz mais pequena e mais próxima que a fogueira, vinha ao seu encontro. Uma luz branca como a do farol de uma bicicleta progredindo no negro do escuro. Teve medo, encheu os pulmões e colocou-se em pé sobre as pernas trémulas para enfrentar o estranho. A luz chegou perto até encandear os olhos que cobria com as mãos a esquivar o feixe de luz a ver o quem a sustentava. A luz apagou, e um rosto sob um corpo gigante sem perna visível fitou acima de quase quatro metros. Percebeu que uma lanterna agarrada pela mão esquerda vinha junto do joelho da estranha figura. Kazumbi!!!! - Gritou tão alto que acordou junto da esposa na cama. Esta acendeu o candeeiro de patróleo. Rápido percebeu que era sonho. Suava e transpirava de aflição quando se lembrou que neste dia tinha chegado, como sempre, muito tarde.

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